sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mãe (parte II)

Para concluir os posts sobre o Dia das Mães, resolvi compartilhar com vocês um texto onde falo da minha visão como mãe, mas antes disso quero agradecer ao feedback super bonito que recebi do post que foi ao ar na segunda-feira (aqui). Obrigada!
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Fonte: Google Imagens

Em 2006 eu resolvi que era o ano de realizar o grande sonho da minha vida: ser mãe. Em junho tive o resultado positivo do beta. Foi uma alegria difícil de definir. Passei 9 meses sentindo aquela pessoinha crescer dentro de mim, tive enjoo, cansaço, insônia, senti chutes no meio da madrugada, noites mal dormidas e em Janeiro de 2007 o grande amor da minha vida nasceu.
Para minha surpresa, as coisas não foram tão descomplicadas como nos comerciais de margarina. No início, eu olhava pra minha filha e não entendia direito o que havia ocorrido. Perae, ontem éramos só dois, agora somos 3? É isso mesmo? Confere produção? 

De repente uma sensação estranha, estranha mesmo, tomou conta de mim. Eu olhava pra minha filha e tinha a nítida sensação de ver uma pessoa completamente desconhecida. Cheguei a sentir medo e angustia do que me esperava no dia seguinte. Definitivamente o amor incondicional não havia nascido junto. Posso dizer hoje, com toda a honestidade, que ele foi construído, aliás, ele É construído na relação, como todo sentimento e como todo relacionamento ele cresce junto, não nasce assim... páh!

Nós, mães, somos extremamente cobradas pela sociedade, chego a acreditar que somos cruelmente cobradas. A acertar sempre, a sermos exemplos de perfeição, isento de falhas, exemplos de doação e total entrega. Mas olha, não é fácil nada disso. Nada mesmo.

Não é fácil de uma hora pra outra ver sua vida mudar completamente. Ver uma pessoa depender de você para absolutamente tudo. E não foi fácil pra mim também, nem um pouco. Nunca falei disso aqui no blog, mas acho que é bom compartilhar essa experiência.

Aprendi a ser mãe com a minha filha, na relação com ela o nosso amor foi construído dia após dia. A dor e estranheza que se fizeram presentes no início foram substituídos por um carinho e um amor que foi tomando conta de mim e hoje me define. De desconhecida ela ganhou um significado na minha vida que jamais, em tempo algum, conseguirei descrever.

Hoje, olho pra nossa relação, e vejo o quanto crescemos juntas, o quanto somos próximas, o quanto temos de afinidade. O quanto aprendi, cresci, amadureci nestes 6 anos. Quem diria que um bebezinho ia me ensinar tanto sobre a vida? Quem diria!

Minha filha é tudo pra mim, é meu ar, minha motivação, minha energia, minha força, minha alegria, minha inspiração, meu amor, meu grande amor! Sem ela, eu inexisto.

Todo o cansaço de criar, educar, ensinar um filho se torna tão pequeno quando vemos as vitórias que eles alcançam. Vibro a cada conquista da minha filha, sou mãe coruja assumidíssima e, apesar de muitas vezes ser bem rigorosa, sei que ela compreende o por que das minhas exigências  e faço isso pelo seu bem, pensando na adulta que ela irá se tornar.
Sou a mãe que posso ser, com falhas, erros e também acertos. Permito-me aprender junto com eles e assim vamos crescendo juntos. Mãe e filhos.
Por eles meu TUDO por toda a vida! Para eles minha entrega diária, meu amor a cada segundo, meu olhar atento, meu abraço mais apertado, meu beijo mais amoroso, minha presença, minha amizade, minha companhia. Para eles, minha vida. Para eles TUDO! Sempre e para todo o sempre.





6 comentários:

  1. Que belíssimo texto!
    Parabéns, um lindo dia das mães e todos os outros do ano também!

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  2. Parabéns Tricia pelo seu dia, alías mãe é todo dias, mas vocês são tão especiais, que são homenageadas em todo mundo
    em um domingo especial.
    Beijos

    Obs: Trícia eu ainda não fui no seu Robson, liguei para ele informou-me que estará na terça-feira dia14/05, então estarei indo lá esse dia
    .

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  3. Oi, Tricia!!
    Sei bem como é a construção desse amor e concordo com você quando diz que o amor incondicional não nasce junto com o nascimento do filho. Eu não sentia nada do que o folclore maternal diz e eu só via a minha barriga crescer, sabia que tinha um ser ali que iria depender totalmente de mim, tive todos os cuidados para não prejudicar a gestação, mas só fui começar a amar o meu filho quando ele nasceu. Foi amor à primeira vista! Fiquei tão apaixonada e focada, que não conseguia despregar os olhos dele. Essa paixão não passou e a cada dia, a minha admiração por ele cresce cada dia mais e mais. Mãe coruja? Capaz!! :)
    Parabéns pelo dia que passou!! Vamos comemorar sempre, pois ser mãe em todos os sentidos da palavra, não é para qualquer uma!!
    Beijus,

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  4. Adorei o que vc escreveu! Só hoje consegui ler.
    E comigo tb foi assim O amor foi crescendo aos poucos. Até que um dia caiu a ficha do quanto eu o amava!!! De que já incondicional!!! :-)

    No segundo, acho que isso acontece mais rápido. Qdo meu caçula nasceu, teve icterícia e precisamos voltar ao hospital pra fazer fototerapia. Foram 3 dias apenas, as nunca tinha ficado tanto tempo longe do Guilherme. E em vez de me preocupar com o Henrique, não conseguia deixar de pensar no Guilherme, "sozinho" em casa.... Me sentia até culpada por isso...

    Mas aí voltamos pra casa, passado o primeiro mês, que é sempre dificil, as coisas foram se ajustando, entrando na rotina, aprendi a me dividir e curtir os 2 filhos. E então amor incondicional veio novamente! E sei que aconteceu mais rápido. Talvez porque já sabemos que ele virá. Ele teve uma virose aos 2 meses e lembro de como sofri qdo ele tinha febre, do medo q senti por ser tão pequeno, do amor louco q ja sentia por ele, ao velar seu sono.... E hoje não tem mais diferença. Amo os 2 igual. Jamais poderia escolher entre um e outro.A relação que temos com cada filho pode ser diferente, já que são pessoas diferentes... Mas o amor é igual. vc verá!! :-)

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  5. Assim como para as mães são para os pais, apesar de os carregarmos dentro da barriga. Realmente é uma sensação meio confusa no início de saber que tem mais alguém entre nós (rsrsrs), porém quando a ficha cai é a coisa mais maravilhosa que há.

    Parabéns as mães, vocês saõ imprescindíveis em nossas vidas.

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