Olá!
Como lidar com os sentimentos dos nossos filhos? Como lidar com a tristeza, com o medo, a raiva? Eu trabalho com atendimento psicoterápico de crianças e percebo que é uma demanda grande no consultório, o não saber lidar com... e vim falar um pouco sobre o assunto aqui no blog.
Tristeza
A tristeza é um sentimento como qualquer outro e, vez ou outra na vida, o experienciamos. Com as crianças não é diferente. Muitas vezes ao ver uma criança triste a tendência do adulto é tentar tirá-lo daquele momento não é mesmo?
É compreensível esse movimento, mas não é interessante para a criança. É importante que ela possa vivenciar e cicatrizar esse desconforto pelo qual está passando. Retirar a criança desse momento pode ensiná-la que ela precisa fugir ou evitar esse sentimento e com isso não se permitir viver de forma plena.
O importante é estar junto com ela, com carinho, dando colo, suporte para que esse momento seja vivenciado da forma mais tranquila possível. Dói? Dói, com certeza, mas a dor também ajuda a crescer!
Abaixo a dica de dois livrinhos que podem ajudar a falar sobre esse sentimento com a criançada! (Clique na imagem do livro para saber valores etc)
Raiva
Diferente da tristeza, que normalmente é mais voltada para dentro e com isso um pouco mais camuflada, a raiva tem uma característica de voltar-se para a fora: jogando brinquedo, se mordendo, se machucando, machucando o outro etc.
É preciso ensinar a criança que ela pode sim, sentir raiva, só não pode agir na raiva. É importante que esse sentimento seja reconhecido e trabalhado com cuidado e carinho, falas como: "Eu percebo que você está zangado, está chateado..." surtem mais efeito que responder no mesmo nível, também com raiva. Explicar para a criança que ela pode até estar zangada, mas que aquela não é a melhor forma de lidar com esse sentimento.
Dicas de livro para falar sobre raiva com a criançada.
Medo
E o medo? Outro sentimento bem presente no universo infantil. Muitas vezes os pais ao verem sem filho com medo, ficam com medo dele sentir medo...rs. Parece confuso, mas é bem mais comum do que imaginam.
Como lidar com esse sentimento que assusta tanto? Bom, vamos lá...primeiro, se os pais tiverem medo do medo, eles podem passar a seguinte mensagem pra criança: "Poxa, deve ser perigoso mesmo! Até meus pais estão assustados!".
Lidar com esse sentimento como se ele fosse 'coisa de criança' é ignorar o que aquela criança está sentindo e isso não é nada bom para eles. Aqui, mais uma vez, vem o olhar carinhoso, o colo, o cuidado e a presença junto com seu filho. Esteja junto com seu filho, escute o medo, respeite o medo também (rir e falar que é besteira não ajuda!).
Muitas vezes o medo é de algo pontual "Medo de um bicho, uma sombra, um barulho", acolha seu filho, explique que não há risco real mas não o force a ter contato com aquilo que o assusta, respeite-o. Verifique em que contextos esse sentimento comparece com maior frequência, quais os medos que normalmente ele relata ter. Escute com carinho e amor o que seu filho tem a dizer.
Lidar com esse sentimento como se ele fosse 'coisa de criança' é ignorar o que aquela criança está sentindo e isso não é nada bom para eles. Aqui, mais uma vez, vem o olhar carinhoso, o colo, o cuidado e a presença junto com seu filho. Esteja junto com seu filho, escute o medo, respeite o medo também (rir e falar que é besteira não ajuda!).
Muitas vezes o medo é de algo pontual "Medo de um bicho, uma sombra, um barulho", acolha seu filho, explique que não há risco real mas não o force a ter contato com aquilo que o assusta, respeite-o. Verifique em que contextos esse sentimento comparece com maior frequência, quais os medos que normalmente ele relata ter. Escute com carinho e amor o que seu filho tem a dizer.
Livros
Uma dica importante é que os adultos revejam como eles lidam com esses três sentimentos: tristeza, raiva e medo. Isso vai lhe ajudar a olhar com mais clareza para os sentimentos do seu filho também!
Dividir com a criança experiências pode ser algo válido, por exemplo, "Sabia que o papai também tinha medo de monstro quando era criança?", isso ajuda a criança a entender que ela não está sozinha e que se você (adulta) superou também é possível que ele supere.
Caso os sentimentos de medo, tristeza ou raiva estejam sendo cada vez mais frequentes e interferindo no convívio social ou no desempenho escolar de seu filho, procure orientação. Procurar ajuda significa que naquele momento você não está dando conta de ajudar, e não significa que é uma péssima mãe (ou pai), pelo contrário, isso o qualifica ainda mais, isso chama-se cuidado e amor!
Dividir com a criança experiências pode ser algo válido, por exemplo, "Sabia que o papai também tinha medo de monstro quando era criança?", isso ajuda a criança a entender que ela não está sozinha e que se você (adulta) superou também é possível que ele supere.
Caso os sentimentos de medo, tristeza ou raiva estejam sendo cada vez mais frequentes e interferindo no convívio social ou no desempenho escolar de seu filho, procure orientação. Procurar ajuda significa que naquele momento você não está dando conta de ajudar, e não significa que é uma péssima mãe (ou pai), pelo contrário, isso o qualifica ainda mais, isso chama-se cuidado e amor!
Caso tenha alguma sugestão de assunto deixe nos comentários.
Quarta-feira tem outro post, sobre a tão famosa (e temida) birra infantil!